Corinthians 4 x 3 Palmeiras (2000)

Todo dia é dia de Corinthians!!!

30/05/2000 Corinthians 4 x 3 Palmeiras
Local: Morumbi
Público Pagante: 33.092

Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber (Édson); Edu, Vampeta, Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edílson e Luizão (Dinei). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Palmeiras: Marcos; Neném, Roque Júnior, Argel e Júnior; César Sampaio, Galeano, Rogério (Marcelo Ramos) e Alex; Peña e Euller. Técnico: Felipão.

Gols: Ricardinho (COR) aos 14′, Júnior (PAL) aos 39′ e Marcelinho (COR) aos 45′ do 1º tempo. Edílson (COR) aos 10′, Alex (PAL) aos 30′, Euller (PAL) aos 37′ e Vampeta (COR) aos 45′ do 2º tempo.

Taça Libertadores da América de 2000 – Semifinal. Ida.

Uma loucura. Um jogaço. Uma das maiores partidas da história da Libertadores, especialmente em suas semifinais. Um duelo que ficou completamente esquecido na história graças ao confronto decisivo da semana seguinte, que ficaria marcado eternamente nos corações  e memórias de corinthianos e palmeirenses. Obviamente, de forma completamente opostas.

Mas àquele embate realizado no Morumbi na última terça-feira de Maio, que obrigou o Casseta & Planeta a ser transferido para quarta, foi memorável. Um ano depois de se enfrentarem nas quartas de final, onde o Alviverde prevaleceu nos pênaltis para arrancar para seu primeiro – e até hoje único – título da Libertadores da América, Corinthians e Palmeiras novamente estavam frente a frente, desta vez nas semifinais. Um como detentor do título continental, o outro como campeão mundial.

O Coringão era superior. Em relação ao confronto de quartas de final do ano anterior, o Timão encorpou seu elenco (chegaram Dida, Daniel, Fabio Luciano, Adílson Baptista, João Carlos e, principalmente, Luizão – a única baixa foi Rincón), enquanto o Verdão perdeu muitas peças, especialmente a espinha dorsal do setor ofensivo: Júnior Baiano, Zinho, Paulo Nunes, Oséas e Evair saíram. Além disso, Arce estava contundido.

Entretanto, não se esperava nenhuma espécie de facilidade. Afinal, Felipão ainda estava no banco palestrino. A expectativa era gigantesca. Contudo, somente pouco mais de 33 mil torcedores foram ao gélido Morumbi. Quem não foi perdeu muito.

O jogo começou quente. Aos 8′, Marcelinho deu passe milimétrico para Edílson que chutou para grande defesa de Marcos. No rebote, Luizão tentou emendar, mas Roque Júnior salvou em cima da linha. Só que 7 minutos depois não teve jeito para os alviverdes: Marcelinho tentou infiltração, a zaga cortou e Edu acertou passe certeiro para Ricardinho chutar de primeira, Marcos desviar e a bola morrer no fundo das redes.

O Palmeiras empataria em uma bobeada da defesa corinthiana. Adílson cometeu falta em Peña, foi amarelado e foi reclamar com Edílson Pereira de Carvalho. O Verdão cobrou rápido e Júnior mandou um petardo, a pelota desviou na zaga e encobriu Dida. Só que aos 45′, Marcelinho arriscou um chute despretensioso que mudou de direção ao acertar Argel e entrou no contrapé de Marcos.

A partida tinha todos os ingredientes de um Derby decisivo: discussões, entradas duras e muito futebol. No segundo tempo, Edu impediu contra-ataque palestrino, tabelou com Marcelinho e cruzou para Edílson Capetinha cabecear e ampliar a vantagem alvinegra. Muitos fiéis acreditam que foi neste momento que o Timão foi eliminado da competição. Há uma concordância geral que, naquele momento, se imprimisse um ritmo mais forte, o Alvinegro possuía condições totais de definir a eliminatória naquele instante. Mas não matou… Pior, deixou o Verdão crescer no jogo.

Aos 30′, Júnior fez jogada com Marcelo Ramos, que entrou no lugar de Rogério, e colocou na cabeça de Alex que diminuiu enquanto Adílson Baptista assistia. Mais 7 minutos, Alex, Júnior e Peña trabalharam o empate que Euller concluiu e Fábio Luciano se esforçou muito para evitar.

Foi um banho de água fria no time de Oswaldo de Oliveira. Mas o Corinthians não desistiu, sentia que não seria justo não vencer àquela peleja. Quase aos 46′, César Sampaio saiu jogando mal, a bola ficou com Vampeta que resolveu arriscar e contou com mais um desvio, desta vez de Roque Júnior, para encobrir Marcos, que estava adiantado, e definir o placar final daquela que foi a segunda partida semifinal com mais gols na HISTÓRIA da Libertadores da América – apenas a vitória santista por 5 a 4 sobre o Peñarol, em 1965, viu mais vezes as redes balançarem nesta fase da competição.

Euforia corinthiana. Esperança alviverde. Uma semana depois, o Derby Paulista escreveria um de seus mais simbólicos capítulos…

Melhores momentos:

Jogo completo:

1 Comments

Deixe um comentário